segunda-feira, 22 de outubro de 2018


Nesse mês das crianças podemos pensar no quanto a infância é importante para a formação de uma pessoa. Nossas experiências nessa fase da vida dizem muito sobre o adulto que somos hoje, e não podemos ignorar tudo o que vivemos enquanto crianças. Existe alguns fatores que são fundamentais para que uma criança se desenvolva da melhor maneira possível, e que vão muito além de boa alimentação, ensino de qualidade e brinquedos cobiçados. São pontos que contribuem para que a criança compreenda seu lugar no mundo e construa suas relações com as outras pessoas. Entre esses fatores, podemos citar:

Segurança em seus cuidadores e familiares
Acolhimento de suas características
Limites bem estabelecidos e respeitados
Figuras de autoridade seguras e atenciosas
Rotina estruturada conforme a realidade da criança e de sua família
Boas amizades que valorizem o que há de bom e não julguem pelas aparências
Espaço para desenvolver suas capacidades e potências

Estes são apenas alguns dos elementos que participam do desenvolvimento da personalidade de uma criança. A maneira como alguém experimenta cada um desses fatores em sua infância vai repercutir em seus relacionamentos, em sua autoestima, em sua vida social e em suas escolhas. Você é responsável por alguma criança? Vale a pena refletir em como essas necessidades estão sendo ou não atendidas para ela. É preciso dar o seu melhor quando se tem uma criança precisando de você.

Gabriela Neves

terça-feira, 9 de outubro de 2018


Nessa semana comemoraremos o dia das crianças. Por isso, teremos a oportunidade de refletir um pouco sobre a infância nesse mês de outubro. Será uma chance para entender melhor nossas crianças, e também compreender nossos processos a partir do que vivemos na nossa infância. Quando você se lembra da sua infância, quais sentimentos te visitam? A infância é o período das nossas vidas que é permeado por experiências fundamentais para a construção da pessoa que somos hoje. Nessa fase da vida, o que vivenciamos na família, nas escola, com os amigos (e ainda em tantos outros contextos) influencia diretamente na maneira que vemos o mundo, as pessoas e a nós mesmos. É um tempo de extrema importância para o desenvolvimento da personalidade e da autoestima.

É muito comum sofrer ainda hoje por traumas e dificuldades vindos da infância. Às vezes as situações que uma criança vivencia são muito impactantes, e o registro daquele momento doloroso pode perdurar por muito tempo. É possível aprender a lidar com esses fatos, e libertar-se de suas consequências. É claro que nem sempre será algo fácil de ser feito. Muitas vezes será preciso coragem, abertura e tempo. Mas é um processo que sem dúvidas vale a pena.

Gabriela Neves

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O que você pensa sobre si mesmo?


Ao longo da nossa vida, vivemos as mais diferentes experiências, tanto boas quanto más. Em cada uma das experiências marcantes, estamos envolvidos com nossas emoções, sensações corporais, pensamentos e inteligência, o que faz com que os fatos vividos sejam guardados em nossa memória a partir da experiência pessoal que tivemos em cada situação. Em cada acontecimento, há uma percepção sobre si mesmo que é construída, e essa percepção muitas vezes pode nos prejudicar.

Em cada fato importante de nossas vidas, nos percebemos de um modo diferente e vamos construindo aos poucos o conceito que temos de nós mesmos. O caminho do autoconhecimento é de extrema importância para que possamos amadurecer enquanto pessoa, e o objetivo final é que tenhamos uma visão real, concreta e positiva de nós mesmos.

Acontece que, geralmente, quando passamos por um momento difícil em nossas vidas, nos percebemos de maneira negativa. Essa percepção nem sempre é fácil de ser administrada e superada; e as crenças negativas sobre si mesmo vão sendo consolidadas, viciando o processo de autoconhecimento. É preciso sim enxergar os defeitos que trazemos, mas é preciso alcançar uma compreensão de si que não se esgote nos traços ruins, mas que mire para o que trazemos de belo em nós.

Gabriela Neves

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Descobrir-se


De todas as coisas importantes, descobrir-se enquanto pessoa é a mais fundamental. Cada um de nós traz em si uma essência inteiramente particular, que nos faz pessoas únicas no mundo. Ir ao encontro dessa essência é a tarefa mais importante da vida de cada um de nós, pois descobri-la é realizar-se.

As pessoas anseiam muito por realização, e em muitas vezes transferem essa necessidade para campos específicos da vida: relacionamentos, êxito profissional, estabilidade financeira, entre outros. A verdade é que esses são fatores importantes, mas nada disso pode trazer realização pessoal, pois realizar-se enquanto pessoa significa encontrar o mistério que habita em si; é desvendar-se para que, tornando-se aquilo que realmente é, seu próprio ser seja conhecido e realizado.

Não há como sair ileso quando se foge de si mesmo. Isso seria trair sua identidade mais essencial; e as consequências são sempre muito sérias. É preciso aventurar-se nesse campo do autoconhecimento, pois não há outro caminho para tornar quem realmente se é.

Gabriela Neves

terça-feira, 7 de agosto de 2018

O medo de amar


Muitas pessoas sentem medo de amar, e isso não se resume a relacionamentos amorosos, mas se estende a todas as demais relações. São pessoas feridas em suas histórias de vida, e como uma defesa, se fecham para o outro cada vez mais, afastando todos de si. Como consequência, se sentem sozinhas, incompreendidas, deixadas de lado. O que muitas vezes não conseguem perceber é que são elas mesmas as construtoras dessa situação, e da mesma maneira, somente elas mesmas podem mudar esse quadro.

Trazemos em nós o desejo e a necessidade de sermos amados e de amar. Isso é uma realidade para todas as pessoas; sem a experiência do amor entramos em sofrimento, pois amar é o que há de mais particular na existência humana. Porém, quando amamos mas não somos acolhidos e respeitados, nasce em nós a resistência ao amor como uma forma de proteger-se de outras frustrações e decepções.

O grande problema é que fechar-se não é uma boa solução para o problema, porque só gera solidão e afastamento. É necessário revisitar os momentos de desamor, com coragem para ressiginificá-los e para viver o perdão onde for necessário. Talvez essa não seja uma experiência fácil, mas é recompensadora ao final.

Gabriela Neves

terça-feira, 31 de julho de 2018

O preço da perfeição


Muitas vezes colocamos sobre nossos ombros uma tarefa muito penosa: a de ser perfeito em determinado aspecto da própria vida. Geralmente, isso acontece em áreas da nossa vida que nos identificamos muito, provocando em nós a vontade de nos dedicar cada vez mais a esse lado que nos traz a sensação de estar realizado. De fato, é muito importante que nos dediquemos aos aspectos da nossa vida que têm sentido e significado para nós, mas isso se torna arriscado a partir do momento em que deixamos de lado o ritmo saudável de desenvolvimento de nossas potencialidades para assumir uma postura de cobrança pela perfeição.

O interessante é que na grande maioria das vezes a exigência da perfeição é feita por nós mesmos. É como se não admitíssemos falhar em determinada dimensão de nossa vida, e acabamos por assumir uma postura que muitas vezes causa grande sofrimento e que adoece. Adoece porque a exigência da perfeição é mera ilusão; por mais que empenhemos os maiores esforços, sempre estamos sujeitos a falhas. E negar-se o direito de errar é tornar-se carrasco de si mesmo.

Gabriela Neves

terça-feira, 24 de julho de 2018

O que mede o sucesso de uma pessoa?


Em nossos dias, vive-se uma exaltação e até mesmo uma busca desenfreada pelo famoso “sucesso”. Sem muitas dificuldades, vemos emergir uma vasta gama de itinerários e modelos que garantem tornar a pessoa apta para superar as dificuldades em que se encontra e atingir os seus objetivos, tornando-se assim, uma “pessoa de sucesso”. Esse tipo de pensamento, sem nenhum filtro crítico, facilmente engana aqueles que se deixam levar, e muitas vezes o resultado de tudo é bastante frustrante.

É preciso, antes de tudo, pensar no que se entende pela palavra sucesso. Geralmente, o sucesso é compreendido como aquele contexto de realização nos campos material, afetivo, familiar, profissional, dentre outros. É como se fosse necessário estar plenamente realizado em cada uma dessas áreas para ser uma pessoa bem sucedida, o que na verdade não passa de mera ilusão. Sempre existirão conflitos e desafios durante a vida; em maior ou menor grau, mas sempre existirão. E se alguém espera que tudo na vida esteja a mil maravilhas para se sentir realizado, nunca perceberá o que de bom a vida lhe proporciona e nunca será grato pela sua existência.

É claro que é sempre necessário se superar nas dificuldades que se levantam dia após dia na vida de cada um de nós. Mas é igualmente preciso que tenhamos a maturidade de enxergar que essas dificuldades fazem parte da nossa condição, e que isso não determina se alcançaremos ou não êxito em nossa vida. É essencial descobrir que sucesso não é um lugar onde se chega, mas é descobrir a riqueza que a vida lhe apresenta hoje, mesmo com dificuldades.

Gabriela Neves

terça-feira, 17 de julho de 2018

Você já sofreu alguma frustração?


Certamente, não temos a experiência mais agradável do mundo quando passamos por alguma situação frustrante; é comum nos sentir desanimados, perturbados e até mesmo desvalorizados quando isso acontece. Mas a frustração esconde uma linguagem que muitas vezes nos escapa: ela nos recorda sobre as limitações das nossas vontades e sobre a fragilidade dos nossos planos. E como é difícil se deparar com essa realidade, muitas vezes reagimos à frustração com negações, resistências e defesas.

Muitas pessoas têm grandes dificuldades em viver frustrações porque não foram educadas para isso. Essas pessoas não passaram pelo crivo da dificuldade e da privação em sua história de vida, e sempre tinham na mão o que quisessem. Crescer num ambiente assim não é uma vantagem, muito pelo contrário! O que seus pais ou cuidadores não conseguiam recusar, será negado em outros contextos e situações, porém com o agravante de não terem desenvolvido as habilidades para lidar com a frustração vivida.

É importante para toda pessoa passar por situações de frustração, pois esses momentos educam para as circunstâncias que a vida naturalmente irá nos apresentar. Ser contrariado nos próprios planos, sonhos e vontades certamente dói, mas oportuniza a maturidade e a superação de si mesmo. Assim, frustrar-se não é algo necessariamente negativo; pode ser a ocasião que precisamos para ver além e dar passos mais largos do que podemos imaginar.

Gabriela Neves

quinta-feira, 12 de julho de 2018

A coragem de enxergar o que não é bom


É muito difícil se deparar com aspectos ruins da própria história e personalidade. Temos em nós o anseio de que tudo ao nosso redor e em nós mesmos seja irretocável e sempre agradável, mas ao mesmo tempo nos damos conta de que esse é um desejo impossível de se tornar realidade, e muitas vezes criamos consciência disso de uma maneira muito dolorosa.

O fato é que todos nós temos defeitos e provocamos situações de sofrimento. Muitas pessoas têm grandes dificuldades de enxergar as próprias fragilidades e incoerências, pois de alguma maneira ver-se imperfeito faz com que se sintam diminuídas ou indignas de receber o amor e a admiração das outras pessoas. Dessa forma, estão sempre a procurar justificativas para seus erros e muitas vezes conseguem esconder dos outros e de si mesmas aquelas características que julgam ser inadequadas.

Existem ainda algumas pessoas que se negam, consciente ou inconscientemente, a ver com clareza os defeitos dos outros, principalmente daquelas figuras pelas quais mantém mais afeto. Essas pessoas não se sentem no direito de apontar as falhas das pessoas com as quais convivem, e acabam por viver rendidas às dificuldades alheias, tendo subtraída a própria capacidade de enfrentamento em diversas situações.

É importante abrir mão desses dois tipos de postura e encarar com liberdade o que há de mal em si mesmo e nas outras pessoas. Manter-se cego para aspectos negativos da própria história é querer fazer nela um recorte que impossibilita o crescimento pessoal. É preciso ter consciência das próprias sombras, somente assim é possível amadurecer e responsabilizar-se pela própria vida.

Gabriela Neves

terça-feira, 3 de julho de 2018

O que eu faço com meus defeitos?


Certamente você já parou para pensar a respeito dessa pergunta. Muito bom seria se nós tivéssemos apenas qualidades e se o convívio com os outros fosse sempre harmonioso e pacífico. Mas essa não é a realidade para ninguém. Somos pessoas que trazem consigo muitas qualidades, mas também muitos defeitos: essa é uma verdade que não é possível mudar ou ignorar. Diante disso, a pergunta mais sensata a ser feita é: o que fazer com os defeitos que identifico em mim, para que seja possível meu amadurecimento como pessoa?.

Muitas vezes temos grandes dificuldades em lidar com os pontos negativos que enxergamos em nós. Nossos defeitos às vezes parecem ter uma dimensão gigantesca aos nossos olhos, como se fossem de fato muito maiores do que eles realmente são. Isso mancha o conceito que temos a respeito de nós mesmos e compromete nossa capacidade de avaliar bem a nossa realidade. .

É preciso ter uma visão realista dos nossos defeitos e enxergá-los como eles realmente são, sem máscaras ou exageros. Nossos defeitos são a oportunidade que temos de ser pessoas melhores, eles são a via que dispomos para o amadurecimento pessoal. Identificar em quais pontos temos sido falhos é o início de uma longa estrada rumo ao crescimento enquanto pessoa; e ter a sabedoria e o bom senso para desafiar-se a superar essas falhas é a chave para de fato conseguir percorrer esse caminh

Gabriela Neves

terça-feira, 26 de junho de 2018

Qual o lugar do outro na minha vida?


Toda pessoa é um ser relacional. Trazemos conosco essa característica tão fortemente presente na nossa história: desenvolvemos relações ao longo da vida, e essas relações configuram um elemento de grande importância na forma com que encaramos o mundo ao nosso redor. Nossas relações dizem muito de nós mesmos, e a partir do momento em que elas nos “roubam” a responsabilidade de nossa própria vida, devemos acender um sinal de alerta e analisar com calma e sinceridade o que está acontecendo conosco.

Relacionar-se, apesar de ser natural, não é algo tão fácil ou simples. Em toda forma de relacionamento (familar, amoroso, amizade, profissional...) existe a dura tarefa de entrelaçar histórias de vida e personalidades diferentes, o que por várias vezes pode ser conflituoso. Um relacionamento saudável envolve respeito, concessões de ambas as partes, acolhimento das diferenças e, talvez o mais importante, a clara distinção e preservação das identidades de cada um dos envolvidos. E por diversas vezes o contrário acontece, gerando consequências negativas que vão repercurtir de inúmeras maneiras na vida de quem se perde de em seus relacionamentos.

Nunca é uma boa opção delegar a responsabilidade da própria vida a outra pessoa. Relacionar-se não exige tal atitude. É preciso que tenhamos a clareza de qual é o lugar que cada pessoa com quem nos relacionamos na nossa própria vida, tendo sempre diante dos olhos que somos nós mesmos os responsáveis por conduzir nossa existência. As escolhas e ações de cada um deve sempre refletir esse aspecto; caso contrário, provoca-se um duplo sofrimento: a si mesmo, ao se permitir ser subtraído de si, e ao outro, que deve carregar nas costas um fardo que na realidade não é dele.

Gabriela Neves

terça-feira, 19 de junho de 2018

A Dependência Afetiva


Ao longo de nossa história de vida, desenvolvemos diversas relações que vão compor o cenário da nossa afetividade. Isso é uma característica própria de todo homem e toda mulher: somos seres relacionais, e esse é um importante indicativo de como estamos emocionalmente. Desenvolver relações maduras e sadias é extremamente importante para nosso bem estar psíquico. Porém, por diversas vezes as relações não são construídas de maneira harmónica, geralmente tendo como eixo principal a dependência afetiva.

Chamamos de dependência afetiva a dificuldade, ou até mesmo a inabilidade, de desenvolver relações com os outros e consigo mesmo de maneira madura e satisfatória. A dependência afetiva leva a pessoa sempre a buscar no outro o motivo de estar bem e realizado, e não consegue se ver inteiro e capaz de ser feliz sem envolver a outra pessoa pela qual se vê dependente.

Essa falta de estabilidade gera consequências ruins para todos os envolvidos, pois no fundo trata-se de uma relação injusta e demasiadamente difícil de ser levada. A pessoa dependente emocionalmente, que vive à sombra de outra pessoa, impõe a si mesma um modo de vida muito penoso, pois abstrair-se de si passa a ser, em determinado momento, uma escolha muito pesada. Para essas pessoas, é de extrema impotância ter consciência do que vivem, e ao mesmo tempo, fazer o caminho de volta, permitindo-se o encontro consigo mesmas e o reordenamento interior, pois ao contrário do que acreditam, a felicidade não está em uma outra pessoa, mas em si. É preciso ter coragem e disposição para encontrar essa felicidade.

Gabriela Neves

terça-feira, 12 de junho de 2018

Qual é a receita para a felicidade?


Existe uma receita para a felicidade? A resposta para essa pergunta é simples: não, não existe. Infelizmente, encontramos nos nossos dias, sem muitas dificuldades, pessoas que nos oferecem roteiros, programas ou eventos que têm por garantia oferecer um caminho para se alcançar a tão almejada felicidade. Essas pessoas tendem a apontar soluções práticas, rasas e universais para isso, tendo como base uma falsa ciência psicológica para fundamentar suas práticas. E essa tendência têm se alastrado largamente em nossa sociedade.

O fato é que não é possível buscar a felicidade por si mesma; isso só causaria frustração e decepção. A felicidade é a consequência de um modo de se viver, e não sua causa. E cada um de nós é inteiramente responsável pelas escolhas que são feitas ao longo da vida, que poderão ou não nos conduzir ao caminho que nos fará felizes. Cada escolha, cada passo, cada decisão é importante nesse processo, pois somos pessoas únicas, chamadas de maneira singular a atuar e ser no mundo, o que torna as famosas “receitas para felicidade” ainda mais improváveis e mentirosas.

Só é feliz aquele que encontra na própria vida um sentido. E isso não se faz sem esforço, dedicação, abertura ao autoconhecimento e também uma dose de sofrimento. Sim, sofrimento e felicidade não são como água e óleo, eles podem coexistir. O problema é o conceito fantasioso de felicidade que as pessoas criam, uma felicidade irreal e impossível de se alcançar. Feliz é aquele que aceita ser interpelado pela vida e responde a ela encontrando o sentido do seu viver; e não aquele que segue receitas mágicas e prontas.

Gabriela Neves

terça-feira, 22 de maio de 2018

Já passou por uma crise?


Muito se ouve falar em crises. Não raramente escutamos coisas do tipo: “meu casamento está em crise”, “estou em uma crise financeira muito grande”, “vivo uma crise no meu trabalho”, e tantas outras coisas do tipo. Afinal, o que podemos chamar de crise? Será que existe algo de bom nela? São questionamentos pertinentes de serem feitos, pois é possível ganhar muito a partir dessa experiência.

Podemos, de maneira bastante simplista, entender a crise como um momento de instabilidade em alguma área de nossa vida que gera sentimentos variados frente às mudanças que se apresentam. É comum se sentir inseguro, indeciso ou angustiado nos momentos de crise, pois esses sentimentos são reações naturais diante do novo que se revela e que me desafia, me provoca.

Porém, os momentos de crise não precisam ser necessariamente um período negativo. Apesar de geralmente causar uma turbulência na nossa vida, a crise pode se tornar o meio pelo qual o amadurecimento pessoal acontece, pois é possível responder com atitudes originais e maduras ao novo desafio que se apresentou e que causou tanta agitação. É claro que nem sempre é tarefa fácil crescer em um momento de crise, mas é possível. Com grande disposição pessoal, uma dose de coragem e alguma forma de ajuda, é possível passar pelos momentos de crise. Não apenas esperando que esse tempo passe logo, mas usando dele para tornar-se uma pessoa melhor, ou como se diz por aí, “fazendo dos limões que a vida oferece, uma limonada”.

Gabriela Neves

terça-feira, 13 de março de 2018

As mulheres se apoiam


Como já anunciamos anteriormente, estamos lançando uma nova proposta nesse mês de março. Iniciaremos na próxima semana um trabalho de psicoterapia de grupo para mulheres. Estamos super empenhadas nesse projeto e podemos adiantar que será uma oportunidade incrível de descoberta de si a partir do contato e partilha com outras pessoas. Mas o que faz a psicoterapia de grupo ser algo tão especial?

Na psicoterapia de grupo, assim como na terapia individual, temos a oportunidade de encarar nossas dificuldades, enxergar quem realmente somos e descobrir caminhos de crescimento e amadurecimento. Porém, a psicoterapia de grupo nos coloca num contexto social em que podemos aprender com as histórias daqueles que estão conosco no processo terapêutico, ao mesmo tempo em que conseguimos dividir com as pessoas aquilo que nos causa sofrimento. É uma experiência de troca muito rica. Como consequência, forma-se ali naquele grupo uma rede de apoio valiosa que tem sua própria importância terapêutica.

Muito se tem ouvido falar hoje em dia na necessidade que as mulheres têm de apoiarem-se mutuamente em questões que são próprias dos desafios que enfrentam no dia a dia. Acreditamos que o grupo terapêutico para mulheres é uma oportunidade ímpar para que isso aconteça. Nossa proposta é para que as mulheres tenham a oportunidade de dividir suas angístias umas com as outras e encontrem juntas alternativas para superarem suas dificuldades e limites. Será um trabalho lindo, que muito ajudará a cada uma de nós que estaremos envolvidas. Não fique de fora dessa! Entre em contato e reserve sua vaga!

Gabriela Neves

quinta-feira, 8 de março de 2018

Psicoterapia de grupo para mulheres


Existem muitos modos e abordagens de intervenção terapêutica na Psicologia. Geralmente, quando se fala em processo terapêutico, logo vem a idéia de um profissional sentado à frente de uma pessoa que fala sozinha, num processo massante e cansativo. Muitas vezes os meios de comunicação reforçam esse estereótipo, o que desanima grande parte das pessoas em procurar esse tipo de ajuda. A verdade é que a Psicologia é um terreno muito fértil e criativo e existem muitas maneiras diferentes de se desenvolver um processo terapêutico. Entre tantas alternativas, existe a psicoterapia de grupo, que é de fato uma boa opção para se trabalhar questões pessoais conflituosas e que geram sofrimento.

A psicoterapia de grupo tem por objetivo trabalhar as questões dos participantes dentro do contexto desse grupo, como indica o próprio nome. No grupo terapêutico, os participantes têm tanto a chance de expressar as próprias questões e anseios, quanto também de ouvir a experiência das outras pessoas. Nós somos seres que podem crescer não apenas com os próprios erros ou sofrimentos, mas também participando das experiências de outras pessoas. No grupo terapêutico, isso acontece de forma particularmente eficaz.

Além desses aspectos, a psiccoterapia de grupo pode auxiliar no desenvolvimento da comunicação, na disposição à escuta e no cultivo das habilidades sociais; além da experiência de poder se revelar diante de pessoas que estão dispostas a contribuírem, e não a julgarem.

Nós da Clínica Restitutio Hominis estamos iniciando nesse mês de março um trabalho com um grupo terapêutico para mulheres. Acontecerá toda semana, a partir do dia 19 de março. Se você tem interesse nessa proposta, entre em contato para maiores informações! Será uma grande oportunidade para todas nós!

Gabriela Neves

terça-feira, 6 de março de 2018

Ressignificar o passado


Há pouco tempo, estamos relembrnado o ciclo de textos que dizem respeito a algumas atitudes que contribuem para o processo de ressignificação da vida. Na semana passada, falamos sobre a coragem para enxergar-se. O tema de hoje está bastante relacionado ao tema da semana passada, e traz um elemento muito importante para que cada um possa ter uma imagem mais clara e acertada de si; estamos falando de RECORDAR O PASSADO.

RECORDAR O PASSADO é uma atitude que favorece o processo de ressignificação da vida porque é necessário revisitar os fatos ocorridos para que seja possível desenvolver um olhar diferente a respeito das próprias experiências. É ter a ousadia de fazer a retrospectiva da própria história, não como mero expectador, mas entrando em contato com tudo o que envolve os acontecimentos: o contexto, os sentimentos, as sensações.... e a partir disso, ser capaz de enxergar o que antes não se conseguia ver e então trazer novos significados para tudo o que se passou.

Ser responsável e íntegro no presente requer uma relação sadia com o passado. Enquanto o passado tiver um sentido de assombro, de peso ou de irrelevância, muitos aspectos da vida permanecerão paralisados. Com toda certeza, a tarefa de se relacionar satisfatoriamente com o passado não é fácil nem pode ser realizada por completo, pois sempre teremos áreas da nossa história a serem revisitadas e ressignficadas. Porém, é um processo cujo início é inadiável e de extrema importância, já que muitos aspectos do presente podem ser compreendidos à luz do que se passou.

Gabriela Neves

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A coragem para enxergar-se!

Enxergar a si mesmo é um ato desafiador, há uma tendência em nós de naturalmente olharmos aquilo que é negativo e superficial e nos paralisarmos diante disso, julgando que essas características percebidas nos definem. Enxergar a si mesmo é um ato desafiador, há uma tendência em nós de naturalmente olharmos aquilo que é negativo e superficial e nos paralisarmos diante disso, julgando que essas características percebidas nos definem.

Mas a nossa proposta é justamente o contrário, cada pessoa deve ter um olhar mais profundo sobre si mesma, não se pode dar por satisfeita ao olhar esses aspectos superficiais e acreditar que não há mais o que conhecer. Na verdade, é preciso ir além desses pontos, pois é natural que haja desânimo diante deles, no entanto você é mais do que características ruins.

Aqui está a necessidade e a importância da coragem para enxergar-se, pois ao pararmos diante desses pontos negativos ou da opinião das pessoas sobre você, haverá uma grande perda: perderá a oportunidade de conhecer-se verdadeiramente. Então, encare a realidade de exergar-se como um desafio a ser vencido e por isso pede a você uma postura de coragem.

Entenda coragem como sinônimo de enforço, de luta, de determinação e não somente de força, às vezes, você está passando uma fase cheia de fraquezas, mas esta não é empecilho para lançar-se nessa aventura de enxergar-se como realmente é. Então, permita-se vivenciar essa experiência que pode ser muita rica para você, pode trazer muitas respostas e também auxiliar você a amadurecer no entendimento de sua própria realidade. Isso é muito bom, não é verdade?!

Gabriela Neves

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

11 atitudes que você precisa tomar

Hoje vamos relançar alguns textos que fizeram muito sucesso no nosso blog, foi o ciclo de textos que irá apontar quais atitudes devemos adotar para que seja possível RESSIGNIFICAR a própria vida. Vale a pena recordar sobre o que estamos falando quando propomos o caminho de RESSIGNIFICAR a própria história: é um processo para revisitar de fatos, acontecimentos, sensações, sentimentos e vivências que proporciona uma releitura do que aconteceu.

Isso torna possível enxergar aspectos que antes não eram vistos e dar novo significado e sentido ao que se passou, mesmo para aqueles fatos difíceis e dolorosos. Nem sempre é um caminho fácil a percorrer, mas certamente os efeitos dessa aventura valerá o esforço despendido.

O processo de ressignificação da vida de forma alguma é passivo, inerte. Ao contrário, exige daquele que se propõe a essa experiência uma postura de esforço, dedicação, coragem e firmeza. Nem sempre é fácil rever a própria história e se permitir a entrar em contato com toda aquela carga de fatos e experiências. É preciso fazê-lo em liberdade, desafiando-se a cada passo a ser dado.

Existem algumas atitudes que contribuem para que todo esse processo seja possível. Nas próximas semanas nos dedicaremos a falar sobre cada uma delas. São elas:

Coragem para enxergar-se
Recordar o passado
Abertura para questionar-se
Rever os fatos dolorosos
Abrir-se para novos conceitos sobre si mesmo e sobre os outros
Evitar justificativas
Perdoar-se
Perdoar a quem me feriu
Administrar o que se sente
Abrir-se ao outro
Atribuir sentido à vida

Serão semanas que nos farão refletir sobre cada um desses pontos, bem como avaliar nossas atitudes atuais, a fim de provocar uma autocrítica e mudança de postura, se for o caso. Esperamos poder ajudar por meio dessas reflexões e contribuir para que você veja a vida com outros olhos, de maneira mais livre e cheia de sentido. E então, aceita nosso desafio?

Gabriela Neves

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A mulher e sua corporeidade


Entendemos por corporeidade a relação que a pessoa tem com seu próprio corpo. O corpo é um fator de extrema importância no cotidiano de cada um de nós, pois grande parte do que pensamos a respeito de nós mesmos passa de algum modo pela forma com que enxergamos o próprio corpo e pela maneira com que nos relacionamos com ele. Às vezes a corporeidade pode ser motivo de insegurança ou frustração para a mulher; e é preciso que ela passe pela experiência de ressignificação do próprio corpo para estabelecer uma relação mais harmônica consigo mesma.

Em nosso mundo atual, o corpo feminino é sempre colocado em evidência. Todo esse destaque muitas vezes acontece não como uma valorização do corpo feminino e de suas atribuições, mas com alguns desajustes que pertubam a visão que a mulher tem de seu próprio corpo. Muitos são os discursos que vemos no cotidiano sobre o corpo feminino: “seja magra”, “aceite-se”, “seu corpo é sua propriedade”, “seja atlética”, “se exponha”, “se esconda”, entre tantos e tantos outros. A questão central é: tanto se fala sobre o modo que a mulher deve encarar seu corpo que muitas vezes para ela tudo se torna uma grande pressão para corresponder a tantas imposições (muitas vezes dissoantes entre si).

O fato é que a mulher precisa se relacionar com o próprio corpo de maneira madura e consciente. É preciso fazer uma justa distinção entre o que é pura pressão social e o que é verdadeiramente benéfico para si. Relacionar-se bem com seu próprio corpo implica em cuidar bem dele, não com objetivos de alcançar padrões de beleza cada vez mais distantes da realidade, nem com a intenção de deixar com que tudo caia na caixinha da “autoaceitação”, impedindo que se dê a devida atenção para questões que podem ameçar até mesmo a própria saúde. Relacionar-se bem com o próprio corpo é ver nele uma parte importante de si mesmo, que proporciona a experiência de se relacionar com o mundo que a cerca e com aqueles que são importantes para você.

Venha se aprofundar nesse tema conosco! Na próxima segunda feira, dia 29 de janeiro, iremos trabalhar esse tema no nosso Círculo Terapêutico para Mulheres. Com certeza, será bem especial!

Informações: restitutiohominis@gmail.com ou 61-991331393

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A mulher e a maternidade


Sem dúvidas, a maternidade é aquele tipo de experiência que marca definitivamente a vida de uma mulher. Não é possível que a mulher passe pela maternidade sem que isso provoque nela uma mudança no modo de ver a vida, de ver a si mesma e de ver as pessoas. Quando nasce uma criança, nasce uma mãe, e isso muda pra sempre o percurso da vida daquela mulher.

Lidar com a maternidade nem sempre é algo harmonioso e tranquilo, como se vê nas propagandas de fraldas e sabonetes infantis. É uma ocasião provocadora para a mulher, onde ela se vê em situações que muitas vezes exigem que ela se deixe em segundo plano para atender às necessidades do seu filho. Quando a mulher não tem a oportunidade de se preparar pra isso, pode enfrentar grandes conflitos dentro de si, e a maternidade que antes era vista como aquele conto de fadas dos comerciais pode virar um grande peso.

É importante que a mulher desenvolva conceitos reais do que é a maternidade e se prepare para tudo aquilo que está para acontecer. Um grande entrave nesse processo são as idealizações que a maioria das mulheres trazem dentro de si a respeito da maternidade. São muitos sonhos coloridos e até mesmo românticos que cercam o imaginário feminino sobre esse assunto e deparar-se com a realidade pode causar grandes impactos na mulher. É preciso amadurecer as próprias idéias sobre a mãe que se é ou que virá a ser, para adotar uma posição mais justa e serena em relação a si mesma e a todos aqueles envolvidos de maneira próxima na relação mãe-filho.

Na próxima segunda-feira, dia 22 iremos abordar essa temática no nosso Círculo Terapêutico para Mulheres. Sente necessidade de trabalhar melhor esse assunto na sua vida? Entre em contato e venha participar conosco!

Informações: restitutiohominis@gmail.com ou 61-991331393

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A mulher e sua vida amorosa

Gabriela Neves

A vida amorosa de qualquer pessoa pode ser fonte de alegria e bem estar ou de sofrimento e confusão. Tudo vai depender da forma com que as duas pessoas vão se deixar envolver mutuamente e como cada um na sua individualidade vai se portar na relação. Não raras vezes acolhemos mulheres em nosso consultório muito feridas nessa área, e acreditamos que é preciso falar francamente sobre o assunto. Por isso, iremos refletir a respeito da mulher e sua vida amorosa aqui no blog e também no próximo encontro do Círculo Terapêutico para Mulheres (próxima segunda feira, 15 de Janeiro de 2018).

Em um relacionamento amoroso, muita coisa está em jogo. Trata-se de um compromisso que ambas partes assumem entre si e também publicamente, e diversos aspectos da vida se modifica a partir dessa decisão. É necessário que o casal encontre a justa medida para todos os impasses que surgem a partir de uma vida a dois. Isso se dá mediante um grande esforço sustentado pelo amor que envolve o casal; e quando um desses dois fatores (esforço e amor) está ausente, as coisas tendem a fracassar. E lidar com um relacionamento fracassado, tendo ele já chegado ao fim ou não, é sempre doloroso.

É extremamente enriquecedor para a mulher quando ela tem a experiência de um relacionamento que a valoriza, reconhece sua grandeza e a faz crescer enquanto pessoa. Por outro lado, quando a mulher é subjulgada e derespeitada no seu relacionamento, em seu interior surgem marcas que causam dor e muitas vezes são difíceis de tratar. Essas marcas quando não recebem a devida atenção e cuidado, tornam-se cada vez maiores e o sofrimento é potencializado. É preciso estar pronta para falar sobre essas feridas e permitir-se ressignificá-las.

E você, sente necessidade de tocar nesse assunto? Está disposta a repensar sua vida amorosa para prosseguir com dignidade nesse aspecto? Venha participar conosco do Círculo Terapêutico para Mulheres na próxima semana! Será uma oportunidade de refletir sobre todas essas questões.

Informações: restitutiohominis@gmail.com ou 61-991331393

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A mulher e seus diversos papéis


2018 chegou e temos uma novidade quentinha saindo do forno! Nesse mês de janeiro realizaremos nosso primeiro Círculo Terapêutico para Mulheres, sempre às segundas feiras à noite. Nosso objetivo é proporcionar um espaço terapêutico para abordar questões importantes no cotidiano da mulher, proporcionando às participantes uma oportunidade de enxergar-se e ressignificar tais aspectos. Cada encontro terá um tema especial, e ao longo do mês iremos refletir sobre esses temas também aqui no nosso blog. O primeiro assunto que será trabalhado no Círculo Terapêutico é a relação da mulher com os múltiplos papéis que desempenha no seu cotidiano, e é sobre isso que iremos falar agora.

O mundo feminino é marcado por uma multiplicidade de papéis a serem desempenhados, o que nem sempre é simples. No seu cotidiano, a mulher pode ser a mãe, esposa, profissional, dona de casa, amiga, chefe, funcionária, cuidadora, estudante, dentre tantas outras possibilidades que venham a surgir perante as situações da vida e pela maneira com que a mulher reagiu a tais situações. Não é raro que, por muitas vezes, a mulher se sinta sobrecarregada frente a tanta demanda, o que pode tornar os dias penosos e densos.

É preciso dar-se a oportunidade de parar um instante para reelaborar e reavaliar como está sendo a própria vivência de tantos papéis e, se em meio a eles, não está negligenciando a si mesma. Ser solícita é sempre positivo, porém a partir do momento em que ligamos o “piloto automático” e passamos a não mais prestar atenção também à mulher que somos, tudo perde o sentido e a vida torna-se um peso. É preciso estar inteira e íntegra no exercício de cada papel, e isso só se faz quando se tem a ousadia de olhar para si.

Quer ter a oportunidade de se avaliar a respeito de como tem sido sua experiência com os diversos papéis que desempenha? Sente necessidade de ajuda para compreender-se melhor e ressignificar todos esses papéis? Venha participar conosco do Círculo Terapêutico dia 8/1/18. Entre em contato e garanta sua vaga (vagas limitadas).

Informações: restitutiohominis@gmail.com ou 61-991331393

Gabriela Neves